Tem tantos sons "perdidos" pelas músicas... Cada vez que oiço, parece diferente... Melhor! Adoro as fotos dele. ............................ Designer gráfico de profissão que um dia emprestou o seu computador a Sharon Warden que o usou para compôr músicas de um álbum inteiro de My Brightest Diamond, há quem o compare a um Robert Wyatt da era dos computadores. Algo exagerado. A música tem realmente algo de espiritual e de coleante ao nível de texturas rítmicas sobrepostas mas honestamente ainda longe de Wyatt, para não falar da voz que não lembra em nada a do carismático-e-se-houvesse-prémio-Nobel-da-Música-toma-lá-é-teu-Robert. E ainda bem, porque cria assim a sua própria vocalogia, por momentos algo Nina Simone com mais testosterona embora sem metade da alma, em outros momentos cheia de falsettos, não tão efeminados “castrati” como J. Hegarty, mas abundantes, acompanhados de brisas geladas de coros fantasmagóricos nas suas costas, como, aí sim, bem mais parecido, um Bon Iver sussurrante que foi desta para melhor na companhia de um lado B de Sufjan Stevens zombie.
Mas que não fique a ideia que é uma repetição sonora de Bon Iver ou de Sufjan Stevens. O som é igualmente delicado na sua ossada folk mas o corpo que a embrulha é muito mais denso, espesso, orquestral, esquizofrénico. As músicas levam-nos qual corrente de água ou de ar, para um mundo pessoal, íntimo, sombrio, por vezes intransmissível, de onde é difícil sair logo desde que se começa a audição. Por vezes muito talento faz exagerar na pretensão, e na verdade Heavy Ghost não é a obra-prima eterna que provavelmente Stith queria que fosse, mas também é só um primeiro disco, e mesmo assim arrisca-se a ser um dos discos do ano, graças a “Pity Dance”, “Pigs”, “Creekmouth” ou “Fire of Birds”, talvez fantasmas de algo ainda maior que esteja a caminho.
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3 comments:
Tem tantos sons "perdidos" pelas músicas...
Cada vez que oiço, parece diferente... Melhor!
Adoro as fotos dele.
............................
Designer gráfico de profissão que um dia emprestou o seu computador a Sharon Warden que o usou para compôr músicas de um álbum inteiro de My Brightest Diamond, há quem o compare a um Robert Wyatt da era dos computadores. Algo exagerado. A música tem realmente algo de espiritual e de coleante ao nível de texturas rítmicas sobrepostas mas honestamente ainda longe de Wyatt, para não falar da voz que não lembra em nada a do carismático-e-se-houvesse-prémio-Nobel-da-Música-toma-lá-é-teu-Robert. E ainda bem, porque cria assim a sua própria vocalogia, por momentos algo Nina Simone com mais testosterona embora sem metade da alma, em outros momentos cheia de falsettos, não tão efeminados “castrati” como J. Hegarty, mas abundantes, acompanhados de brisas geladas de coros fantasmagóricos nas suas costas, como, aí sim, bem mais parecido, um Bon Iver sussurrante que foi desta para melhor na companhia de um lado B de Sufjan Stevens zombie.
Mas que não fique a ideia que é uma repetição sonora de Bon Iver ou de Sufjan Stevens. O som é igualmente delicado na sua ossada folk mas o corpo que a embrulha é muito mais denso, espesso, orquestral, esquizofrénico. As músicas levam-nos qual corrente de água ou de ar, para um mundo pessoal, íntimo, sombrio, por vezes intransmissível, de onde é difícil sair logo desde que se começa a audição. Por vezes muito talento faz exagerar na pretensão, e na verdade Heavy Ghost não é a obra-prima eterna que provavelmente Stith queria que fosse, mas também é só um primeiro disco, e mesmo assim arrisca-se a ser um dos discos do ano, graças a “Pity Dance”, “Pigs”, “Creekmouth” ou “Fire of Birds”, talvez fantasmas de algo ainda maior que esteja a caminho.
- by Nuno Leal, in Bodyspace.net -
Não consigo descrever o turbilhão de emoções e a alegria por ter descoberto este músico. Estou encantado. Obrigado, David Michael Stith!
Mais um disco daqueles...quanto ao almoço só pode haver uma resposta. Certo?
Abraço.
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